O que esperar do Natal em 2016?
2016, definitivamente, não foi um ano nada fácil. O ano foi marcado por inúmeras instabilidades políticas que afetaram diretamente na economia. A crise instalada enfraqueceu diversos setores e diminuiu a confiança do empresariado e também do consumidor brasileiro, sendo que o varejo e a indústria foram os segmentos que mais sofreram com tudo isso.
O Natal chega com uma pontinha de esperança de reação do mercado, que vem como uma tentativa de recobrar os sentidos depois de um intenso período amargando perdas. A pergunta que fica é: o que esperar do Natal em 2016?
O período é tradicionalmente marcado por trazer boas expectativas de aumento no volume de vendas e ser um desafogo para o fechamento dos balanços das empresas. No final deste ano, mesmo com uma leve recuperação da confiança do empresariado e o aumento no movimento das lojas, a palavra-chave é cautela.
A tendência é de que o faturamento do Natal em 2016 não deva apresentar um forte crescimento, pois o país ainda se recupera da crise econômica. E mesmo com a recuperação, o poder de compra do brasileiro ainda está baixo, em função dos sacrifícios que o orçamento familiar sofreu durante o período.
Espera-se que o Natal deste ano permaneça, no mínimo, com as vendas iguais à do ano passado ou um pouco melhor, girando entre 0,5% e 1% de aumento. Apesar do otimismo dos lojistas, os juros continuam altos e o consumidor se endividou ao longo do período de crise, mas, mesmo assim, deve presentear seus familiares em nome do espírito natalino.
Prova disso é a pesquisa do Conselho Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) sobre as perspectivas dos brasileiros para as compras de Natal. Segundo o estudo, 72% dos entrevistados planejam comprar presentes natalinos, sendo que nas classes A e B esse índice chega perto de 78%. O motivo principal para 53% é gostar ou ter o hábito de dar presentes nesta data e 36% ressaltam a importância que o gesto possui (36%).
A retomada dos negócios deverá mesmo ficar para 2017 pois, neste ano, as estimativas dão conta de que o Natal ainda não terá o crescimento tão desejado nas vendas no comércio. Contudo, é uma grande oportunidade para as empresas se reestruturarem e colherem os frutos de um cenário econômico mais favorável no ano que vem.
