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Como as grandes do varejo físico olham para o e-commerce

Como as grandes do varejo físico olham para o e-commerce

As vendas em e-commerce têm apresentado um crescimento muito interessante nos anos recentes, especialmente se considerados períodos difíceis para o comércio em geral. 

Enquanto lojas físicas em bairros e shoppings no Brasil vendiam menos em comparação a anos anteriores, o comércio eletrônico surpreendia positivamente.

Durante a pandemia do novo coronavírus, devido à quarentena, vender pela internet foi a única alternativa viável para muitas lojas.

Esse novo cenário fez com que comerciantes que já planejavam investir em canais de venda virtuais antecipassem seus planos. Em poucas semanas, milhares de novos e-commerces surgiram no mercado brasileiro.

No entanto, esse movimento ainda não chega a ameaçar a sustentabilidade do varejo tradicional.

A maioria das compras no Brasil ainda são feitas no ambiente offline. Mesmo durante os momentos mais intensos da crise financeira recente, lojas físicas venderam mais em volume do que os e-commerces.

Essa é uma realidade também para grandes empresas, como redes com milhares de filiais e franquias.

Mesmo atuando no comércio eletrônico, em geral, essas empresas ainda não conseguem manter suas receitas sem uma loja onde podem atender e apresentar produtos ao consumidor presencialmente.

Este artigo apresenta algumas estratégias adotadas por grandes redes de lojas que já vendem seus produtos em um e-commerce.

Acompanhe a leitura e conheça o cenário e algumas tendências que surgem com o investimento expressivo de grandes empresas na internet.

Loja própria

Desenvolver um e-commerce próprio é, naturalmente, um dos primeiros investimentos de grandes redes do varejo. Assim, podem vender seus produtos, cuidar de suas marcas e ter um canal para se relacionar com seu público.

Geralmente, pequenas empresas alugam um plano de uma plataforma de e-commerce ou vendem em redes sociais, como o Facebook e o Instagram, mesmo sem ter loja virtual.

No entanto, grandes marcas precisam trabalhar melhor seu posicionamento e a comunicação de suas marcas e, por isso, precisam de plataformas mais seguras, robustas.

A Marisa, uma das empresas líder no varejo de moda no Brasil, dobrou a sua receita devido ao seu e-commerce, aplicativo e por permitir ao cliente retirar os produtos comprados online em uma loja física.

Marketplaces

Muitas empresas que atuam no comércio eletrônico o fazem por meio de marketplaces, canais de vendas que funcionam como um shopping online.

Naturalmente, por não requerer um grande investimento, esse é um importante ambiente e atrai as pequenas empresas.

Isso não quer dizer, no entanto, que as grandes marcas não estejam presentes, garantindo seu espaço, promovendo a sua marca e disputando clientes com o mercado.

Aliás, algumas empresas criam seu próprio marketplace ou adquirem canais que já existem. Além de compartilhar o espaço com seus concorrentes, geram uma fonte adicional de receita para a empresa.

Outro movimento interessante que as grandes marcas estão fazendo é investir no modelo de afiliação, no qual pessoas físicas agem como representantes de vendas, divulgando links e recebendo uma comissão.

Essa foi, aliás, uma novidade que a Marisa inaugurou na época da pandemia, o que pode ser muito útil para pessoas sem emprego. A empresa remunera o afiliado com 5% sobre o valor das vendas geradas por meio dos links.

Omnichannel

As estratégias de omnichannel estão em linha com a jornada de compra do consumidor moderno e, para grandes redes de lojas, como já comentamos em outro artigo, este pode ser um desafio.

No entanto, estar presente em diversos locais é um grande benefício. Grandes redes de lojas podem ter centenas ou milhares de unidades no Brasil, o que facilita a logística.

Suas lojas podem atuar como ponto de distribuição e estoque local e, assim, permitir ao consumidor retirar produtos comprados pela loja virtual presencialmente.

Esse é um grande benefício para consumidores que não gostam de pagar frete, de esperar a chegada do produto e que não estão em casa nos horários de entrega.

Um benefício do omnichannel para as unidades da rede é a atração de mais consumidores. Além de atender à preferência do cliente, a empresa pode vender mais no momento da visita, especialmente se oferecer um benefício adicional, como um cupom de desconto.

No entanto, essa não é uma possibilidade apenas para grandes redes de lojas. A criação de contratos em regiões onde a empresa não tem unidades pode viabilizar essa prática comum no omnichannel.

Um modelo de parceria que viabiliza essa união é conhecido como ‘store in store’. Já escrevemos sobre o assunto no artigo em que comentamos o acordo entre a Marisa e outra grande rede do varejo.

Essa parceria, aliás, demonstra como a parceria pode ser benéfica para diferentes empresas. Afinal, é possível vender produtos em lojas que não são concorrentes, em cidades onde a empresa não tem filial.

A criação de showrooms é outra iniciativa interessante de empresas grandes do comércio. Nessa hipótese, clientes visitam a loja com o objetivo principal de conhecer e experimentar produtos e podem optar por comprar, depois, online.

Essa pode ser uma prática muito interessante para empresas que atuam em nichos em que a experimentação de produtos é importante para a compra, como lojas de moda e de móveis.

Esse pode ser, ainda, um diferencial interessante para evitar os efeitos da importação de produtos, como comentamos no artigo em que sugerimos ações para competir com sites estrangeiros.

O cliente pode, afinal, experimentar os produtos antes de comprar online, ou na loja, evitando frustrações com pedidos errados ou itens que não atendem às expectativas.

Grandes marcas do varejo, como a Marisa, têm se preparado para atuar e disputar o mercado no e-commerce há algum tempo, observando o movimento nos anos recentes. As lojas online ainda vendem menos do que lojas offline, mas o crescimento é muito interessante para ser ignorado. Por isso, empresas estão desenvolvendo seus próprios sites de venda, participando de marketplaces, comissionando afiliados e prezando muito pelo omnichannel. Assim, atendem às preferências dos clientes e se beneficiam com a presença em diversas localidades.

Se você atua no varejo, portanto, independentemente do porte da empresa, precisa adaptar a loja a esses cenários. Você encontra algumas sugestões de ações para investir no artigo ‘6 estratégias de e-commerce para varejistas‘.

Com sede em Caxias do Sul – RS e escritório em São Paulo – SP, a NL atende a clientes de todo o país. A carteira soma mais de 25 mil usuários em mais de 9 mil PDVs ativos, com cerca de 180 mil NFs geradas mensalmente, e inclui nomes como Lojas Marisa, Grupo Grazziotin, Flavio’s, Top Internacional, Pittol e Sodexo, entre diversos outros cases de sucesso.

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