PIX: o que é e como funciona esse novo meio de pagamento
Você já ouviu falar que os pagamentos digitais são tão comuns na China que a população utiliza um mesmo aplicativo para efetuar compras e se comunicar com amigos e familiares? Em breve, tal cenário pode ser realidade também no Brasil com a chegada do PIX!
Na verdade, o WhatsApp Pagamentos, suspenso em junho pelo Banco Central para uma avaliação de riscos, funcionaria de maneira semelhante. No entanto, com esse novo sistema, não só o aplicativo de mensagens, mas diversas outras soluções poderão funcionar.
O PIX é uma novidade, anunciada em fevereiro de 2020 pelo Banco Central do Brasil, que promete aumentar a competitividade entre bancos, diminuir custos e agilizar transações financeiras no país.
O novo sistema de pagamento, que é muito mais simples, rápido e menos custoso, pode ajudar varejistas no Brasil a praticar menores preços, conquistar mais clientes e atuar em linha com novos hábitos sociais e de consumo.
Quer saber mais sobre a novidade? Então acompanhe este artigo e entenda o que é o PIX, como funciona, o que muda para o lojista e vantagens e desvantagens atribuídas ao sistema.
O que é PIX
O PIX é um novo sistema de pagamentos que possibilita transferir valores e pagar contas em qualquer dia e horário, inclusive aos feriados, com compensação instantânea. Em outras palavras, o dinheiro cai na conta assim que a transação é realizada!
A previsão é que o PIX seja inaugurado no dia 3 de novembro de 2020 e que seja completamente funcional até o dia 16 do mesmo mês.
Bancos e fintechs com mais de 500 mil contas ativas estão obrigadas a se adequar à novidade. Portanto, não duvide de que o PIX será bastante difundido no Brasil!
As operações bancárias poderão ser realizadas por meio da leitura de um QR Code (Quick Response Code), pela inserção de dados e por caixas eletrônicos e internet bankings.
No varejo, os pagamentos mais comuns deverão ocorrer por meio da leitura de um QR Code. O cliente só precisará apontar a câmera de um smartphone conectado à internet para a imagem e efetuar o pagamento. Bem simples, não é?
Os QR Codes poderão ter um valor fixo (quando são chamados de estáticos), solução interessante para etiquetas em Pontos de Venda (PDVs), por exemplo, ou um valor exclusivo em cada transação (dinâmicos), opção mais formal e adaptável ao e-commerce.
O pagamento por inserção de dados também pode ser muito fácil. O cliente precisará apenas inserir dados simples da sua loja, como e-mail ou CNPJ, para enviar recursos. Um conjunto de números, letras e símbolos será gerado para identificar a sua conta bancária e você só precisará clicar no link.
O sistema ainda possibilitará o pagamento de boletos, desde que haja um QR Code e até mesmo saque de dinheiro em lojas físicas.
Qual o impacto do PIX no varejo
Você aceita pagamentos com cartões de crédito e débito, dinheiro, boleto e transferências bancárias? Esta é uma realidade comum a muitos lojistas, mas o problema com o sistema atual é que as operações são custosas e o prazo para compensação pode ser grande.
Segundo dados de julho de 2020 do Banco Central, uma Transferência Eletrônica Disponível (TED), que é mais equiparável ao PIX, custa de R$ 9,40 a R$ 21,00. Ainda que receber o pagamento no mesmo dia não seja importante para você, o DOC só permite operações até R$ 4.999,99 e, assim como a outra opção, só está disponível em dias úteis.
Imagine receber pedidos em um e-commerce com pagamento por boleto antes de um feriadão. Você pode ter que esperar dias pela compensação antes de enviar os produtos e seu cliente ainda mais devido à logística.
O PIX, portanto, deverá agilizar o pagamento, além de ajudar a evitar problemas, como recebimento de cédulas falsas e chargebacks (fraudes de cartão de crédito). Aliás, as operações continuam obedecendo ao sigilo bancário, com autenticação e criptografia.
E a novidade não vale só para operações entre lojistas e consumidores. O PIX estará disponível para uso entre pessoas, estabelecimentos comerciais e até entes governamentais, o que significa que você também poderá utilizar em pagamentos a fornecedores e outros parceiros comerciais.
Vantagens e desvantagens do PIX
O novo sistema oferece muitos benefícios ao varejo, como você já deve ter percebido, não é? É notável a agilidade nas transações financeiras, que precisam de apenas segundos até que o dinheiro caia na conta da loja.
A diminuição nos custos também é outro grande benefício. Embora ainda não haja valores definidos, a expectativa é que as operações por meio do PIX custem apenas centavos, o que pode ajudar a baratear o custo dos produtos!
O simples uso do sistema também é sensacional! Você poderá vender produtos mesmo que o consumidor esteja sem nenhum dinheiro ou cartão na carteira. Basta estar com o celular! Aliado a esse benefício, os lojistas ainda poderão se preocupar menos em gerir troco, que além de economizar tempo, pode ser importante para evitar a disseminação de doenças.
A única desvantagem parece ser a necessidade de utilizar tecnologia para operar o sistema. Embora o PIX beneficie pessoas que não têm conta bancária — segundo pesquisa, um terço dos brasileiros são desbancarizados —, existe a necessidade de utilizar os serviços de uma instituição de pagamento ou de uma fintech, como o Mercado Pago, Ame ou PicPay.
E então, você entendeu o que é o PIX e a revolução que ele pode significar para a relação entre lojistas, clientes, fornecedores e outros parceiros comerciais?
Aproveite a informação antecipada e comece a estudar sobre o tema, verifique se o seu banco ou empresa de pagamento estão se adequando à novidade e planeje ações de adaptação. Quem sabe você não sai na frente da concorrência e ganha mais competitividade com a novidade? Sem dúvidas, a solução deve revolucionar muito as operações financeiras no Brasil.
Se quiser saber mais sobre por que é importante considerar o PIX na sua empresa, confira nosso artigo ‘Meios de pagamento: qual o impacto nos resultados no meu negócio?‘ aqui no blog.