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ESG no Varejo: 6 dicas para entender e implementar esta transformação

ESG no Varejo: 6 dicas para entender e implementar esta transformação

Questões ambientais, sociais e de governança têm chamado cada vez mais a atenção de consumidores ao redor do mundo inteiro.

Por isso, adotar boas práticas com o meio ambiente, além de demonstrar preocupação social e ter um olhar atento a ações de governança são temáticas super importantes para os varejistas estudarem e implementarem em seus negócios.  

Se você trabalha com varejo e tem interesse em entender melhor o que é ESG no Varejo, saber qual é o foco desse conceito e como atualizar o seu empreendimento, fique com a gente neste artigo até o final! Além de uma melhor compreensão sobre o tema, você vai conferir dicas para entender esta transformação que atinge hoje o mercado mundial de varejo. 

Há tempos atrás, questões como “qual é o destino do que se consume?” já era tema pautado por ativistas ambientais. Atualmente, com a entrada de uma nova geração de consumidores no mercado, a pressão por uma mudança nos hábitos não ecológicos torna-se cada vez mais uma realidade.  

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Conforme a revista Isto É, os millennials, nascidos entre 1981 e 1995, já consumiam marcas que apresentavam bons indicadores ambientais, sociais e de governança. Agora, a geração Z, 1996-2010, soma sua voz ao movimento, fortalecendo cada vez mais a revolução de uma economia verde nos negócios. 

Antes de tudo, tenha em mente que para lidar com essa nova realidade e adotar a ESG no Varejo, é preciso ser original e começar desde já. Mas você deve estar se perguntando: afinal, o que significa ESG?  

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Entenda o que é ESG 

ESG nada mais é que um conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança que pode ser usado para guiar investimentos e escolhas de consumo focadas em sustentabilidade.  ESG é a sigla de “Environmental, Social & Governance”, que em português pode ser traduzido para  “ASG: Ambiental, Social e Governança”. 

Devemos ressaltar que o conceito ESG não é uma novidade, mas agora chegou com toda força para ficar e tem sido usado para identificar práticas empresariais que se preocupam com os critérios de sustentabilidade e não apenas com o lucro. 

O termo ESG surgiu em 2004, no Pacto Global da ONU com o Banco Mundial e é cada vez mais considerado como um critério para atração e fidelização de novos clientes e investidores. Nos últimos cinco anos, investidores saíram da oitava para a terceira posição entre os agentes que mais cobram o desenvolvimento da cadeia sustentável. 

Já escrevemos um artigo sobre ações para a fidelização dos clientes. Clique aqui para ler. 

Agora, saindo da pandemia do covid-19, os varejistas presenciam uma grande reviravolta. As preferências dos consumidores e os padrões de compras mudaram rapidamente e é improvável que voltem aos comportamentos pré-pandemia. 

Para prosperar e permanecer competitivo fica cada vez mais claro que o centro das estratégias de negócios dos varejistas deve ser gerar melhores propostas de valor para os seus clientes e consumidores. Não é surpresa que, nos últimos oito anos, as companhias que fazem parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa tiveram um crescimento acumulado de 61%, contra uma queda de 4% no faturamento total das empresas presentes na Bolsa. 

No varejo isso tem um impacto direto, pois a maioria dos clientes consideram a sustentabilidade um critério importante na hora da compra. Uma análise da Bain com quase 5 mil pessoas apontou que: 

  • 12% somente compram de empresas comprometidas com o meio ambiente; 
  • 42% frequentemente compram de empresas comprometidas com o meio ambiente; 
  • 17% às vezes compram de empresas comprometidas com o meio ambiente; 
  • 18% escolhem empresas baseado em critérios de produtos, mas às vezes compram de empresas comprometidas com o meio ambiente; 
  • 10% escolhem empresas baseado em critérios de produto, como preço, qualidade, entre outros. 

A Bain também constatou que conquistar consumidores com mentalidade ESG tem uma enorme vantagem. Um levantamento mostrou os principais impactos positivos do ESG. São eles: 

  • 5 a 6 vezes mais crescimento para o negócio; 
  • 4 vezes aumento na penetração no mercado doméstico; 
  • 3 vezes mais lealdade por parte do consumidor; 
  • 2 vezes mais valor de marca; 
  • Bilhões em acesso a novos segmentos de mercado. 

Os dados parecem bons, não é? Continue a leitura para saber como entender e praticar o ESG no Varejo. 

6 dicas para entender e implementar um programa ESG no Varejo 

Agora chegou o momento de você aprender a como implementar um programa ESG eficaz. Antes disso, saiba que os programas ESG precisam ser implementados adequadamente para entregar os resultados que todas as partes interessadas exigem.  

1- Faça um planejamento inicial

O primeiro passo que você deve dar é ter a certeza de onde você está e para onde deve ir. Você, enquanto varejista, deve estudar tudo o que puder sobre ESG: Environmental, Social & Governance e suas aplicações. Tenha em mente quais são os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU e avalie o quanto ainda pode evoluir e inovar referente a essa temática em seu negócio. Nesta etapa, analise cada ODS e defina ações e tarefas claras que contemple cada uma delas. 

2- Desenvolva sistemas de medidas claros

Para conseguir medir a sua evolução, é preciso adotar ou criar métricas. Algumas, como o consumo de energia, água ou a participação de mulheres, negros ou pessoas PCD na diretoria da empresa, podem ser identificadas de maneira simples. Já, por exemplo, a felicidade e nível de bem-estar dos colaboradores devem ser medidos com ações mais específicas que você deverá elaborar. 

3- Tenha a mente do seu consumidor

Se você quer definir metas e elaborar um plano de ação, você primeiro precisa ouvir o seu cliente, pois as ações ESG no Varejo também têm de gerar resultados financeiros e, para isso, o melhor caminho é focar primeiro no que é mais importante para o cliente e que fortaleça a imagem da marca. Fique sempre atento às necessidades e ao feedback dos clientes e promova pesquisas de mercado focando sempre na melhoria do ESG em sua empresa. 

4- Defina ações claras e metas alcançáveis 

As formas de medidas que falamos acima têm um único objetivo: medir a evolução. Com elas é possível definir metas claras e com tempo para execução. Uma maneira boa de fazer um planejamento é definir, por exemplo, que em 5 anos 80% das roupas vendidas em sua loja serão feitas de tecidos recicláveis. Assim, para atingir tal objetivo você deve planejar ações que te levarão de encontro a ele. 

5- Busque ajuda de especialistas 

Você já deve ter notado que as metas ESG são complexas para serem alcançadas por alguém sem experiência nesse assunto. Portanto, se possível, busque ajuda de um especialista ou de uma consultoria que possa te ajudar a conseguir implementar um bom plano ESG no seu setor. Nesta etapa, um profissional de Qualidade é indispensável para o seu negócio.   

6- Crie uma nova cultura 

O ESG, acima de qualquer coisa, é uma transformação mental e cultural. Por exemplo, se você, enquanto dono do seu negócio, continua gastando muita luz e água, não se preocupa com a separação correta do lixo e não trata as pessoas de forma igualitária, nao espere que seus colaboradores façam isso por você.  

Exemplos de ESG 

Aqui estão alguns exemplos que foram mostrados por um report da S&P Global Ratings, ESG Industry Report Card: Retail, apresentando práticas ESG de empresas varejista, retirada do blog ElloVarejo. Confira: 

Amazon 

A Amazon enfrenta cada vez mais uma análise minuciosa do governo sobre seus modelos de negócios, o que pode levar a regulamentações desfavoráveis ​​à sua posição competitiva.  

Os fatores que apoiam a demanda do consumidor incluem a percepção da marca, fluxos de resíduos de embalagens de produtos e a compensação, saúde e segurança de sua força de trabalho direta e indireta, incluindo em suas redes de atendimento.  

Seus negócios de logística de transporte globais próprios e de origem enfrentam riscos de custos ambientais de longo prazo, principalmente por causa de regulamentações mais rígidas de emissões de gases de efeito estufa. O custo para cumprir e como a conformidade afeta as opções ideais de entrega ao cliente também são riscos de longo prazo para empresas que dependem de entrega.  

Do ponto de vista da governança, o fundador da Amazon, Jeff Bezos, continua sendo uma presença significativa em seu papel como presidente do conselho e um acionista significativo. 

Albertsons 

Na frente ambiental, a empresa tem aumentado seu portfólio de ofertas orgânicas, saudáveis ​​e ambientalmente sustentáveis ​​com algum sucesso. Por exemplo, 100% dos ovos vendidos sob sua marca O Organics e Open Nature não têm gaiolas, e mais de 300 produtos enlatados de marcas próprias agora são embalados e rotulados em latas não revestidas com BPA (composto orgânico sintético que pode oferecer riscos à saúde), representando mais de 80% das ofertas enlatadas de marcas próprias.  

Starbucks 

Segundo a S&P Global Ratings, a Starbucks possui um histórico bom de gerenciamento de fatores ESG enquanto expande sua presença de lojas físicas. A Starbucks investe significativamente no treinamento de funcionários de linha de frente e oferece atraentes benefícios de emprego em relação a outros restaurantes de serviço rápido.  

A empresa também está investindo em produtos de origem ética e práticas agrícolas sustentáveis para café e chá, que são amplamente divulgados aos clientes. Esforços como o uso de copos recicláveis e a oferta de descontos em copos reutilizáveis também melhoram a percepção da marca da empresa entre seus clientes. 

Esperança de um mundo mais verde e sinais da transformação 

Está muito claro que ESG é uma das temáticas que mais fizeram diferença no varejo em 2021 e que promete continuar ascendendo em 2022. Confira alguns dados que confirmam esta transformação e nos dá a esperança de um mundo mais verde: 

  •  As lojas Renner e Riachuelo, segunda indústria mais poluidora do mundo, responsável por 8% das emissões de gás carbônico e por gerar 175 mil toneladas de resíduos têxteis por ano no Brasil, inauguraram lojas sustentáveis, com matriz energética renovável e estrutura ecológica, linhas de produtos verdes certificados e plataformas para circularidade. Os projetos servem de modelo às redes e devem ganhar escala no próximo ano; 
  • Empresas de setores naturalmente poluentes, como a petrolífera Shell, se comprometeram com uma intensa agenda de transformação rumo a um futuro carbon free; 
  • O volume de investimentos atrelados a metas ambientais disparou, superando US$ 200 bilhões no mundo somente nos primeiros cinco meses de 2021; 
  • Fundos de investimento como o BlackRock decretaram que não irão mais colocar dinheiro em empresas que não priorizem questões ESG; 
  • Uma pesquisa da consultoria EY mostra que 98% dos investidores já adotam uma abordagem mais rigorosa na avaliação do desempenho não-financeiro das empresas; 
  • Em 2021, no site Mercado Livre, o aumento de buscas no segmento verde foi de 81% em relação a 2020. Entre os sucessos da categoria, garrafas, cápsulas e filtros de café reutilizáveis lideram a preferência de consumidores e refutam a ideia de que o produto sustentável é sempre mais caro.  
  • Silvio Barboza, diretor de consumo e varejo da Accenture no Brasil, afirmou que todas as grandes varejistas já estabeleceram metas para neutralizar as emissões de carbono, mas a próxima fronteira é fechar o ciclo, promovendo a circularidade.  
  • A responsabilidade social corporativa também é um fator importante no qual os investidores estão focando. Um artigo da  McKinsey conclui que: “À medida que os varejistas contemplam as mudanças no comportamento do consumidor, eles precisarão ajustar suas estratégias e execução para se adaptar às novas normas, incluindo gerenciar os esforços de responsabilidade social corporativa para construir a força da marca de forma autêntica”. 

Clique aqui para ler um artigo complementar sobre novas tecnologias no varejo pós pandemia. 

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Com sede em Caxias do Sul – RS e escritório em São Paulo – SP, a NL atende a clientes de todo o país. A carteira soma mais de 25 mil usuários em mais de 9 mil PDVs ativos, com cerca de 180 mil NFs geradas mensalmente, e inclui nomes como Lojas Marisa, Grupo Grazziotin, Flavio’s, Top Internacional, Pittol e Sodexo, entre diversos outros cases de sucesso.

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