Dicas para aumentar a produtividade das lojas de calçados
O ano de 2016 foi complicado para todos os setores da economia, mas para o calçadista foi um período de reerguimento. O segmento, pujante até os anos 90, se reestruturou e hoje comemora números expressivos de faturamento e criação de empregos. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços mostram que as vendas externas chegaram a US$ 786,8 milhões até outubro deste ano.
Vários são os fatores que corroboraram para este retorno. A cotação do dólar frente ao real e barreiras à entrada de calçados chineses no Brasil colaboram para o desempenho favorável. De janeiro a setembro, a diferença entre demissão e novas contratações com carteira assinada deixou um saldo positivo de 20.970 empregados.
Para manter este ritmo aquecido, selecionamos algumas dicas para aumentar a produtividade das lojas de calçados e conquistar novos clientes:
# Não esqueça do básico
Para dar passos mais ousados, o ideal é que o “feijão com arroz” esteja bem feito. Expor os produtos, de preferência, em amplas vitrines de vidro voltadas para a área de trânsito de pedestres, manter o espaço para vendas com prateleiras organizadas, bem como assentos e espelhos que ajudem os clientes a provarem seus calçados, e caprichar no atendimento.
Tudo isso porque o cliente é fisgado pelo que vê e fidelizado pela experiência que vivencia – daí a razão da vitrine chamativa, do espaço interno bem organizado, mantendo à vista o que mais despertará interesse, para fazer com que o consumidor entre e, depois, possa se interessar por algo mais, aumentando o ticket de compra. Além disso, o atendimento pode ser fator determinante de venda e fidelização: de fato, estudo do M.Sense mostra que 72% dos clientes são muito influenciados por amigos, e que as indicações têm como principal quesito o bom atendimento e reputação da loja, e pesquisa da Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios aponta que 61 % de 1.350 consumidores entrevistados afirmam que ser bem atendido é mais importante do que preço ou até mesmo do que a qualidade dos produtos.
# Tecnologia, tecnologia e tecnologia
É uma operação complexa e são muitas informações para gerenciar. Para controlar tudo isso, a loja precisa de soluções específicas para controle dos seus processos, que vão desde o recebimento e catalogação da mercadoria até o controle de estoque com etiquetagem respeitando as características de grade. Além disso, ferramentas de gestão podem ajudar no planejamento de compras com base nas demandas anteriores, antecipando necessidades de aquisição de novos estoques para atendimento das demandas de vendas de acordo com as tendências do mercado.
# Hiperconectado
É muito importante ter um serviço de atendimento ao consumidor na era dos hiperconectados. Cerca de 83% dos consumidores brasileiros já compraram pela internet e, de maneira geral, os clientes não hesitam em mudar de loja se ficarem insatisfeitos com a compra, ou seja: fidelização fica cada vez mais difícil e a dedicação aos diferentes canais de venda e redes sociais precisa ser redobrada.
# O poder está na análise de dados
A partir de um estudo aprofundado dos padrões de comportamento dos clientes, é possível criar ofertas personalizadas, sugerir produtos que possam ser interessantes para sua rotina, melhorando sua experiência de compra, facilitando sua vida e criando oportunidades de negócios. Além disso, é possível diminuir erros de prospecção, não enviando ofertas de produtos que serão inconvenientes e que acabam atrapalhando o relacionamento com a marca da empresa. Uma análise de dados acurada é a chave para identificar possíveis rupturas na cadeia de consumo e planejar ações para diminuir ou até mesmo extinguir estes problemas. A partir do diagnóstico de um mau de desempenho, é possível detectar processos que sinalizem precisar de melhorias, desenvolver programas e estratégias para se reinventar.
