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Estoque: distribuição e logística nas redes de varejo

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Não é tarefa simples fazer a gestão de estoque em grandes redes de varejo. A complexidade de lidar com diferentes linhas de produtos, estilos e marcas exige atenção especial à logística, seja na cadeia de abastecimento ou na distribuição de mercadorias. A indústria da moda é um bom exemplo de como gerenciar esses processos pode ser complicado. Lojistas têm que se preocupar não somente com diversas categorias de produto, como vestidos, calçados e acessórios, mas também com suas variações. É preciso garantir que cada item tenha diferentes opções de cores, tamanhos e até estampa. As coleções por tempo limitado, como nos casos de roupas específicas para uma estação do ano é uma particularidade que faz da gestão uma atividade ainda mais complexa — especialmente em grandes redes de varejo. Afinal, é preciso definir o catálogo de produtos e organizar todo o processo logístico a fim de suprir às necessidades de todas as lojas com sincronia, no tempo ideal. Caso isso não aconteça, a rede pode perder oportunidades de vendas e, em caso de atrasos, gerar obsolescência de produtos e custos que poderiam ter sido evitados. O objetivo deste artigo é discutir a relevância de uma boa gestão de estoque e logística. Acompanhe a leitura e entenda por que esse é um assunto tão importante para grandes redes de varejo e conheça soluções que podem ajudar a otimizar processos. Defina a estratégia Antes de investir em qualquer solução, é importante definir estratégias, o que envolve a escolha do catálogo de produtos para as lojas da rede. Dependendo do nicho em que atua e de sua abrangência, alguns produtos podem mudar de acordo com o mercado e o estilo dos consumidores, devido a diferenças regionais, de cultura e de clima. É preciso entender o tempo necessário para disponibilização dos produtos em cada loja. Antes da exposição de mercadorias em prateleiras, afinal, as mercadorias devem ser produzidas, encaminhadas a um armazém e, enfim, às lojas ou ao consumidor. Como escrevemos no artigo em que comentamos sobre a importância da velocidade na reposição de estoque, “se o produto não está disponível, ele não pode ser vendido”. Naturalmente, isso pode levar a empresa a perder oportunidades de venda, de reduzir custos e de aumentar suas margens de lucro. Para ter uma boa estratégia de abastecimento, é importante que as redes tenham acesso a dados históricos de vendas para prever melhor as demandas futuras. Em geral, as lojas criam uma estratégia de reposição de estoque contínua ou periódica, que variam a nível de estocagem de produtos e em rotatividade. Ambas as opções têm benefícios e desvantagens. A reposição contínua pode diminuir gastos com armazenagem, mas aumentar custos com logística de entrega. A alternativa, planejada de acordo com a demanda do consumidor, no entanto, pode influenciar em uma falta de produtos em estoque. Uma maneira de balancear os benefícios e desvantagens é criar uma estratégia de reposição de estoque mista. Nessa hipótese, um lote inicial é enviado para as lojas, e os demais, aguardam em armazéns para movimentação conforme demanda do mercado. Devido à comum diversidade de itens no estoque de grandes redes de varejo, é interessante avaliar diferenças na reposição de acordo com as características dos fluxos de produto. Itens funcionais podem ter uma reposição regular e categorias inovadoras, uma estratégia de resposta rápida às demandas do mercado. O importante, em todo caso, é que os produtos estejam disponíveis no momento em que o cliente for às compras, de uma maneira que seja financeiramente interessante à empresa.  Afinal, a logística pode agregar cada vez mais valor aos produtos e extrair margens mais favoráveis, tanto para o cliente, quanto para as companhias. Para que isso seja realizável, no entanto, pode ser necessário adequar diversos processos. As otimizações podem impactar a relação com fornecedores e exigir a utilização de sistemas que facilitem o planejamento da demanda e o gerenciamento logístico. Utilize um software ERP O uso de soluções de tecnologia ajuda a otimizar atividades e aumentar a eficiência de empresas, o que é fundamental para grandes redes de varejo, devido à complexidade da gestão. Nesse sentido, é essencial que essas empresas contratem um bom ERP (Enterprise Resource Planning), ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial, para automatizar fluxos de trabalho, melhorar a qualidade das informações e otimizar o gerenciamento de estoque. O software, afinal, integra os diversos departamentos, processos e unidades da rede. Assim, otimiza a gestão com informações atualizadas automaticamente. A compra de produtos é associada a uma conta a pagar e a entrada das mercadorias em estoque pode ser observada no sistema. Isso evita erros de registros, retrabalhos e otimiza processos logísticos e financeiros. O ERP permite ao gestor e a sua equipe ter acesso a informações, em tempo real, sobre os níveis de estoque. Assim, é possível saber a quantidade disponível de um produto e de suas variações, o que facilita o planejamento de compras e a projeção de vendas, com base em dados históricos. A previsibilidade da demanda, como discutido no tópico anterior, é muito importante para a estratégia de reposição de estoques porque ajuda a atender às necessidades do mercado. O ERP auxilia a descobrir problemas de reposição, evita erros, como vendas em duplicidade, e otimiza a criação de relatórios, o que é essencial para processos de tomada de decisão e de planejamento. Procure soluções de logística A tecnologia também é uma aliada da logística de distribuição e do gerenciamento de estoque em grandes redes de varejo. Um Sistema de Gerenciamento de Pedidos (OMS) e um Sistema de Gerenciamento de Transportes (TMS) auxiliam na administração do processamento e a priorização de pedidos, além de agilizar entregas de produtos. Esses softwares, afinal, detalham os diversos processos logísticos, como o transporte e a armazenagem, e, assim, facilitar encontrar erros e solucioná-los. Outra solução interessante para redes de varejo que gerenciam seus próprios armazéns é a utilização de um Warehouse Management System (WMS), ou Sistema de Gerenciamento de Armazém. O software facilita o controle de estoque, ajuda a agilizar remessas e a reduzir a margem de